O deputado federal Efraim Filho (DEM) confirmou, na noite desta terça-feira (4), que vai presidir a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Fundos de Pensão. Com a indicação do paraibano para o posto, a oposição ganha à queda de braço com o PT que pretendia presidir a CPI e o parlamentar deve protagonizar os novos debates problemáticos para a administração petista.
Na queda de braços, o DEM levou a melhor e ficou no comando da Comissão. A CPI vai apurar supostas irregularidades nos fundos de pensão de estatais e Efraim vai, assim como Hugo Motta (PMDB) comandar uma CPI que é um verdadeiro pepino para o Governo.
Classificando os fundos de pensão como “Uma das maiores caixas pretas do país”, Efraim adiantou o tom que deve ter na CPI, revelando o que pretende comprovar: “Uma gestão fraudulenta, sem transparência no uso de bilhões de reais que pertencem a nossos aposentados e pensionistas, que são os maiores prejudicados ao ver as economias de toda uma vida serem jogadas fora e chegar a essa altura totalmente desamparados diante dos desvios bilionários. Irei me empenhar para representar bem e honrar a confiança dos paraibanos”.
Para instalar a CPI, os deputados afirmam que há indícios de ramificações do esquema do doleiro Alberto Youssef na gestão de fundos de previdência complementar, que administram mais de R$ 452 bilhões. Entre os alvos da investigação parlamentar estão a Fundação dos Economiários Federais (Funcef), a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e o Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).
Écliton Monteiro
@politicaetc