Pré-candidato a prefeito de campina Grande, o deputado federal Veneziano Vital (PMDB) saiu fragilizado com a decisão do PSB em definir o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, com pré-candidato na ‘Rainha da Borborema’.
Como na política os que estão no poder arrumam alguns amigos, vários babões e uma série de adversários, desde que a escolha do PSB foi anunciada que o ‘Cabeludo’ tem virado piada, engraçadas, mas de mal gosto, as vezes. Circulou nas redes sociais vários vídeos de declaração de Vené sobre o governador Ricardo Coutinho (PSB), algumas elogiando o socialista, outras, com seu vocabulário refinado, da época em que se intitulava de “a verdadeira oposição”, com adjetivos que não agradam tanto os sujeitos das frases.
Pois bem, como na política as vezes jeito é fazer de conta que não é comigo, Veneziano apareceu numa solenidade com o governador em Campina Grande, mas antes, o socialista chegou ao local acompanhado por Adriano Galdino. Galdino que tem andado sorrindo a toa, pois, depois de sua reeleição: virou presidente da ALPB, chegou a governar o estado e agora, devido ao impasse do PMDB com o PSB sobre alianças, teve o nome escolhido pelo PSB para afrontar o PMDB e pode acabar com o sonho de Veneziano em retornar a Prefeitura de Campina.
O problema da candidatura de Galdino para Vené é que não soma, mas divide. O peemedebista que devia esta esperando poder contar com o apoio do Estado durante a eleição vê a possibilidade cada vez mais longe, uma distância equivalente a de Campina para João Pessoa, mas como o destino final do PSB e PMDB bem diferente. A separação também tira do PMDB o tempo de TV do PSB, ainda mais precioso devido a redução da campanha na mídia que passou de 45 para 30 dias.
Enquanto a candidatura de Manoel Junior (PMDB) emperra a de João Azevedo em João Pessoa, o efeito é contrário em Campina Grande. Lá, é a de Galdino que põe obstáculo a de Veneziano.
Esse impasse só poderia ser resolvido se o piloto do PMDB na Paraíba, senador José Maranhão, decidisse fazer uma ponte aérea levando o PMDB de João Pessoa para o hangar do PSB, abortando, mais uma vez, a exemplo de 2012, a possibilidade de Manoel Júnior disputar a prefeitura da Capital. Essa medida, provavelmente levaria os socialista a estacionarem a candidatura do PSB em Campina Grande ao lado de Vené, mas Zé, que do alto olha o horizonte e contempla a possibilidade de fortalecer o PMDB (15) para 2018, deve continuar pairando até poder tentar retornar a pousar no Palácio da Redenção numa outra disputa.
Lucro: Nessa matemática onde a oposição se divide, os prefeito Luciano Cartaxo e Romero Rodrigues saem na vantagem com mais um candidato.
Cobrança: A famosa “reciprocidade” cobrada pelo PSB não veio e o partido pagou na mesma moeda.
Bom de Conta: Na matemática, uma ciência exata, o governador Ricardo Coutinho tem nas ultimas eleições sido bom nas operações: “soma, subtração, multiplicação e divisão”de forma tão ‘correta’ correta que tem confundido até os mais gabaritados matemáticos da política paraibana.
Contando no 2º turno: Veneziano já adiantou que apoiaria Galdino em uma hipótese de segundo turno contra Romero e espera o mesmo.
Mai um: Num jogo de Poliana, Vené preferiu externar que Galdino deve ser mais um para bater no atual prefeito, ao menos uma coisa boa para o peemedebista.
Menos um: Futuro presidente da ALPB, Gervásio Maia deve migrar de vez para o jardim gira sol.
Corte: Apesar de ter o PSB cortado de sua aliança em Campina, o Cabeludo continua com força na cidade.
Blefe: Pode ser o trunfo do PSB e PMDB.
Écliton Monteiro
@politicaetc