A Paraíba é o terceiro estado em percentual de recusa de doação de órgãos pelas famílias, ficando atrás apenas do Maranhão 69% e Goiás e Rondonia com 68% cada. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) e revelam que de janeiro a junho de 2017, 65% das famílias (20) recusaram a doação de órgãos de familiares. A média de recusa é maior que a nacional, que chegou a 43% neste período.
Os dados foram apresentados pelo deputado estadual Bruno Cunha Lima (PSDB), nesta quarta-feira (27), Dia Nacional da Doação de Órgãos. “Esses são dados preocupantes e precisamos conscientizar as famílias sobre a importância da doação e mostrar que essa ação pode salvar muitas vidas”, disse. Ele sugeriu ainda que a Assembleia, em parceria com o Governo, faça uma campanha educativa conscientizando a população sobre a importância da doação de órgãos.
Bruno informou que apresentará também uma propositura sugerindo a realização de ações nas escolas com o intuito de levar informações sobre a doação de órgãos, pois as crianças são excelentes multiplicadoras de conteúdos e, além disso, a ideia é colaborar para a formação de cidadãos mais conscientes.
Dados do RBT 2016, Veículo Oficial da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, apontam que a Paraíba realizou 184 transplantes em 2016, sendo 145 de córnea, 37 rim, dois de fígado e nenhum de coração e pulmão. Já a necessidade de transplantes estimada é de 758 transplantes, sendo 357 de córnea, 238 de rim, 99 de fígado, 32 de coração e 32 de pulmão.
Em 2017 – Segundo dados da Central de Transplantes da Paraíba, de 1 de janeiro a 15 de setembro de 2017 foram realizados 140 transplantes na Paraíba, sendo 114 de córnea, 12 de rim cadáver, 13 de rim intervivo e 1 transplante de fígado. Quanto ao número de doadores, no mesmo período foram 135 de córnea e 4 de múltiplos órgãos.
Dados nacionais – O Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes no mundo. Em 2016, mais de 90% dos transplantes realizados no Brasil foram financiados pelo SUS. Os pacientes possuem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
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