A CPI da Covid aprovou hoje a realização de acareação entre o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM), e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF)
Eles deverão ficar frente a frente na Comissão Parlamentar de Inquérito para falar sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin, denunciadas por Luis Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor de carreira do Ministério da Saúde.
A acareação deve acontecer na próxima quarta-feira (18), informou a assessoria do vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O requerimento, de autoria de Randolfe, não estava previsto para ser votado hoje. No entanto, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), resolveu colocar o pedido em pauta “diante da relevância e da urgência do tema”.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a acareação é necessária devido às diferentes versões sobre o processo de compra da Covaxin, com foco em suposto documento falso e pressão atípica para importação do imunizante.
O deputado Luis Miranda afirmou que seu irmão sofreu pressões pela importação do imunizante e se recusou a autorizá-la, apontando para possíveis fraudes no processo. O parlamentar revelou ter alertado tanto o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, quanto o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas.
A Precisa Medicamentos foi a intermediária das negociações para a compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde. Em depoimento à CPI, Luis Miranda e o irmão reafirmaram suspeitas de irregularidades envolvendo esse contrato.
Ao ouvir denúncia sobre o caso, contaram os irmãos Miranda, Bolsonaro teria dito que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), poderia estar envolvido no “rolo”. Este nega qualquer irregularidade e será ouvido pela CPI amanhã.
Com informações do Uol Noticias
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