Foi discutido em plenário nesta quinta-feira (9) na CMJP, o Projeto de Lei Ordinária (PLO), de autoria do vereador Carlão Pelo Bem (Patriota), que prevê o acompanhamento e a orientação de gestantes que estejam autorizadas legalmente a fazer o aborto. Segundo Carlão, o projeto tem o objetivo de orientar sobre os métodos utilizados no aborto e seus efeitos.
“As mulheres que passam por isso, em grande maioria adolescentes, que são vítimas de estupro. Elas não sabem os malefícios que um aborto pode causar, os problemas psicológicos e físicos. Muitas vezes as mulheres que abortam, elas não conseguem inclusive, poder ter mais filhos” disse o parlamentar.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, os procedimentos inseguros de interrupção voluntária da gravidez levam à hospitalização de mais de 250 mil mulheres por ano, cerca de 15 mil complicações e 5 mil internações de muita gravidade.
Quanto a crianças e adolescentes, dados oficiais revelam que ocorrem no Brasil, em média, seis internações diárias por aborto envolvendo meninas de 10 a 14 anos que engravidaram após serem estupradas.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021 demonstra que no ano de 2020, já sob o impacto da pandemia da covid-19 e das medidas de isolamento social, 73,7% dos estupros registrados no ano enquadram-se como “estupro de vulnerável” que têm como vítimas crianças e adolescentes. A maioria das vítimas está na faixa entre 10 a 13 anos (28,9%).
“A ideia é que esse auxílio psicológico, clínico e médico, seja antes aborto. Para que inclusive a mulher possa refletir se necessariamente ela vai fazer esse aborto ou não. Por que muitas vezes, em razão da desinformação, a mulher termina praticando o aborto. E isso vem justamente para impedir que esse tipo de coisa aconteça, ou pelo menos para dar a ela, conhecimento do mal que pode está fazendo para ela mesma” finalizou Carlão.
@politicaetc