A CPI da Covid-19 aprovou, nesta quinta-feira (23), a convocação do empresário bolsonarista Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan. O depoimento dele está marcado para ocorrer já na próxima quarta-feira (29).
O presidente Omar Aziz (PSD-AM) afirmou ter certeza que Hang vai “colaborar muito” com as investigações do colegiado.
“Ele, como um patriota, como um brasileiro que demonstra ser, e que participou ativamente nas discussões de tratamento precoce, com certeza ficará muito feliz em vir aqui na CPI para contribuir na investigação”, disse o senador.
Hang entrou no radar da CPI por diversas vezes. Em apurações preliminares, senadores identificaram uma possível atuação do empresário nos bastidores do Palácio do Planalto em defesa de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.
O grupo responsável por aconselhar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ficou conhecido como “gabinete paralelo”. Hang é apontado ainda como um dos financiadores de uma rede de fake news sobre a pandemia do novo coronavírus.
O nome do empresário bolsonarista voltou à tona na última sessão da CPI. Desta vez, a denúncia envolve a mãe dele, Regina Hang, vítima da Covid-19.
Dossiê de médicos e ex-funcionários da Prevent Senior entregue à comissão relata que pacientes vítimas de complicações causadas pelo novo coronavírus tiveram certidão de óbito supostamente adulteradas para mascarar mortes pela doença. Entre as pessoas cuja causa de morte foi possivelmente fraudada, está a mãe de Hang.
Os senadores acreditam que a paciente teve a certidão fraudada pela operadora a pedido do próprio empresário em suposta tentativa de ocultar a morte pelo novo coronavírus.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), chamou, na ocasião, Hang de “desalmado” por, segundo o senador, ter solicitado que a causa do óbito de Regina Hang fosse adulterada. “Desalmado, manda esconder a causa da morte da própria mãe”, disparou o parlamentar na oitiva.
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