O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou em coletiva na tarde desta quinta-feira (16) que o governo federal decidiu suspender a recomendação de vacinar irrestritamente adolescentes entre 12 e 17 anos. Agora, a orientação do Ministério é que só sejam vacinadas pessoas nessa faixa etária com deficiências permanentes, comorbidades ou privadas de liberdade.
Em 2 de setembro, o Ministério havia publicado uma nota informativa recomendando a vacinação de todo esse público. Durante a coletiva, Queiroga afirmou que “de forma intempestiva” quase 3,5 milhões de crianças e adolescentes entre 12 e 18 anos receberam a vacina. Deste público, 1,5 mil apresentaram eventos adversos.
A crítica do chefe da pasta é que os estados iniciaram as aplicações antes da data prevista na nota técnica anterior. Secretários de Saúde demonstraram surpresa pela suspensão da imunização de crianças e adolescentes sem uma deliberação tripartite. “Quem fica surpreso sou eu. Porque a vacinação deveria iniciar no dia 15 [de setembro] e, inclusive, foram feitas imunizações com vacinas fora das recomendações da Anvisa.”
O ministro explicou que a mudança foi feita “por conta dos eventos adversos e porque o próprio Reino Unido retirou […]. A evidência científica não é sólida.”
Queiroga afirmou ainda que aqueles adolescentes que já tomaram a primeira dose não devem completar o esquema vacinal, exceto se fizerem parte dos grupos prioritários. A nova orientação vale “até que se tenha mais evidências para seguir adiante.”
Os adolescentes com comorbidades que receberam a primeira dose da vacina que não a da Pfizer também terão o esquema vacinal interrompido, segundo a recomendação do Ministério. “Não vou autorizar intercambialidade de doses nessa faixa etária”, disse Queiroga.
Com informações do R7
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