As vendas do varejo paraibano no mês de agosto mantiveram a expansão, no mesmo patamar do mês anterior, e registraram a segunda maior taxa de crescimento do país. Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (10), mostram que o volume de vendas do comércio varejista da Paraíba expandiu 19,9% em agosto sobre o mesmo período do ano passado. Novamente, foi a segunda maior taxa de crescimento entre os 26 Estados e o Distrito Industrial, que em agosto foi liderada por Amapá (23,1%), enquanto o País apresentou alta de 5,1%.
Já na comparação de agosto sobre julho, as vendas ficaram estáveis na Paraíba (0,1%) enquanto o País apresentou um leve recuo (-0,3%). No acumulado de janeiro a agosto deste ano, o volume de vendas do comércio varejista paraibano manteve alta de dois dígitos de crescimento (11%), ficando com a segunda maior taxa do País, liderada por Amapá (21%). Já o Brasil apresentou alta de 5,1% nos oito meses deste ano.
DESTAQUE NO CENÁRIO NACIONAL – Com o varejo em destaque no cenário nacional, a Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE registrou que a Paraíba, neste ano, já apresentou as maiores taxas do varejo em dois meses: fevereiro (19,6%) e junho (16,4%), enquanto em três meses – maio (14,9%), julho (18%) e agosto (19,9%) – o Estado alcançou a 2ª maior taxa de crescimento.
COMÉRCIO AMPLIADO – No indicador do comércio varejista ampliado – que inclui atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo –, a Paraíba também foi destaque nacional ao apresentar expansão de 16,6% em agosto sobre o mesmo mês do ano passado, mantendo também 2ª maior taxa no indicador entre as 26 unidades da federação e o Distrito Federal, enquanto o crescimento da média nacional ficou em 3,1%. No acumulado de janeiro a agosto, a alta chegou a dois dígitos (11%), bem acima da média do País (4,5%).
PRÓXIMO AO PICO HISTÓRICO – O gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, Cristiano Santos, revelou que o volume vendido pelo comércio varejista permanece “muito próximo” de seu pico histórico. “A gente tem que lembrar também que esse crescimento que houve até maio de 2024 foi um crescimento que levou o varejo ao patamar recorde da série de mais de 20 anos. Então está muito próximo ainda do patamar de maio. Esse rebatimento que a série teve nos últimos três meses está preservando o patamar (de vendas) bastante elevado. É uma performance muito próxima do máximo da série global. Em agosto, as atividades farmacêuticas e de supermercados foram as principais responsáveis pelo desempenho positivo do varejo”, comentou.
SOMA DE FATORES POSITIVOS – O secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-PB), Marialvo Laureano, afirmou que o forte crescimento das vendas do varejo em 2024 no Estado “é o resultado de uma soma de fatores da conjuntura atual que mesclam ações do governo e de indicadores positivos da economia como, por exemplo, a ampliação do saldo de empregos formais que já chegaram a 20,1 mil postos em apenas oito meses, o crescimento do potencial de consumo das famílias paraibanas, que vai ultrapassar R$ 100 bilhões este ano (4ª taxa de maior crescimento do País), a abertura e atração de novas empresas, além da manutenção de um gestão fiscal equilibrada do Estado, que tem propiciado ao Governo da Paraíba não apenas manter o pagamento da folha de pessoal e de fornecedores em dia, mas ampliado os investimentos com recursos próprios no Estado para a realização de diversas ações e programas que somam R$ 6,1 bilhões nos últimos cinco anos,” detalhou Marialvo.
O secretário da Fazenda Estadual acrescentou ainda que a projeção do crescimento do PIB da Paraíba para 2024 em 6,8%, segundo estudos do Banco do Brasil, é a maior do País entre os Estados. “Isso quer dizer que a economia da Paraíba está girando com muito mais vigor e intensidade do que no resto do país e o varejo é um dos beneficiados”, finalizou.
MAIS SOBRE A PESQUISA – A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra.
@politicaetc