O desembargador aposentado Júlio Aurélio Moreira Coutinho está sendo velado no Parque das Acácias, das 7h às 16h, quando acontecerá o sepultamento. Ele faleceu na noite desse domingo aos 89 anos, no Hospital da Unimed onde estava internado. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
Nascido em João Pessoa a 4 de novembro de 1935, filho de Pedro da Silva Coutinho e Carmen Moreira Coutinho, Júlio Aurélio formou-se em Direito pela Universidade Federal da Paraíba em 1959. Iniciou suas atividades profissionais como Promotor de Justiça no Estado do Rio Grande do Norte.
O desembargador Júlio Aurélio Moreira Coutinho foi eleito para presidir o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba no dia 7 de dezembro de 2004 e tomou posse no cargo no dia 1º de fevereiro de 2005.
Família jurídica
Do casamento com a Dona Elisabeth da Nóbrega Coutinho, (já falecida) eles engendraram três filhos, que seguiram os caminhos do pai na carreira jurídica: o desembargador Fred Coutinho, presidente eleito do TJPB biênio 2025/226 e dois juízes, Eduardo Rubens Nóbrega Coutinho e Francisco Seráphico da Nóbrega Coutinho; e um Promotor de Justiça.
Um pouco da História
O desembargador número 93 – Júlio Aurélio Moreira Coutinho começou sua carreira jurídica como promotor de Justiça no Estado do Rio Grande do Norte. Em 11 de dezembro de 1961, foi nomeado para o cargo de Promotor Público da Comarca de Cabedelo. Em 24 de dezembro de 1965, foi promovido, por antigüidade para a mesma comarca,
que fora elevada de entrância.
Permaneceu naquela comarca até 26 de agosto de 1980, quando foi promovido, por merecimento, para a 5ª Promotoria de Campina Grande, sendo removido daquela promotoria, a 4 de setembro de 1981, para a 6ª Promotoria Cível da Capital do Estado. A 20 de julho de 1982, foi promovido ao cargo de Procurador da Justiça com exercício na Comarca de João Pessoa, em que permaneceu até 28 de julho de 1984, quando, em face de nova promoção, passou a exercer o cargo de Procurador de Justiça, Símbolo MP-4, que lhe deu acesso ao Colégio de Procuradores de Justiça.
Foi nomeado para o cargo de desembargador a 16 de dezembro de 1994, escolhido como representante do “quinto” constitucional, como oriundo do Ministério Público. Integrante da Câmara Criminal da Corte de Justiça, foi eleito, em fins do ano de 2004, pelo Tribunal Pleno, como Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, para o biênio 2005-2006.
Homem inteiramente avesso a benesses pessoais e sem interesses de natureza mundana ou material, pois extremamente espiritualista e religioso, durante toda a vida desenvolveu, ao longo dos anos, em caráter pessoal, meritória obra de assistência a pessoas necessitadas, como um dos continuadores da obra assistencial do Padre Zé, em João Pessoa.
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